Queremos ser divinos como Crono,
Um cronômetro morto no seu trono,
Um rei com sua coroa pra arear.
Parar o tempo, o tempo quer parar,
Queremos ser o Adágio deste Outono,
Um deus que se diverte com seu sono,
Numa arena onde nunca quer lutar
Que sonha em ser um rabo de cometa
Vivendo um microcosmo de fachada
E não vemos o vidro da prisão
Ou que o tempo tempera em contramão
Com têmpera, sem fim e sem parada
I.R.