segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O pensador

Pra pensar não preciso dizer: penso.
Me basta não ter dó de me entregar,
E ter a mente em ré deste tocar,
Sentindo em mi uma dança, um toque intenso.

Candombe que me fá como um incenso,
Que traz um forte sol pro meu pensar,
Me remete pra lá do imaginar,
E faz-me um si de puro contrasenso.

Pois despenso o pensar, suas armadilhas,
Pra ver-me caminhar por outras trilhas,
E ser um pensador sem pensamento.

Querendo ser a música da dança,
E o baile de um pouquinho de esperança,
E a dor que pensa sempre sem tormento.

I.R.

PS: Candombe não é candomblé. A semelhança entre os dois são os tambores e a África.