quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Sem Anestesia

Eu posso ver as formas do teu cheiro
E cheirar as belezas do teu gosto
Sentir o eu calor em pleno agosto
E aquecer-me em eu frio de janeiro

Posso ouvir a tua face, bem faceiro,
Ouvir e degustar este teu rosto,
(Gravando-te no poema aqui composto)
E ser teu lobo em pele de cordeiro

Sentir-te por inteiro eu quero, eu posso,
Sabendo que este mundo é todo nosso,
E te entrego os meus planos já urdidos

De não mostrar-me inteiro como sou,
E ao imprimir-me em ti eu sei que vou
Deixar gravado em mim os teus sentidos

I.R.