quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Carta de fim de ano
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Perto do mar
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quadro
domingo, 27 de dezembro de 2009
Carta e Verso - 2 anos
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Na véspera da festa do Sol Invicto
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
um sentimento
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
caiu
o ira e o irão
e o irei
e o rei
deposto ou não
o afeganistão,
os estados unidos
a opressão
aqui, ali, alá
e o aiatolá
eta, olha o eta!
olha a guerra,
a motosserra.
cadê a árvore que estava aqui?
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Tamanho
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Vigésimo sétimo bilhete para um world músico
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
flor entre flores
Fonte: Flickr
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
aquilo que executa
domingo, 13 de dezembro de 2009
meu deus
Não junteis
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
bétula
sei que seu jardim é grande,
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Carta para quem foge do confronto
Buenos Aires, 09 de dezembro de 2009
Só temos uma vida para viver, e não é possível vivê-la sempre em função do outro, dos outros. Não devemos, ou pelo menos não deveríamos, pautar nossas decisões em procurar agradar os demais, em fazer com que as pessoas criem ou mantenham uma imagem que têm de nós.
Não podemos pseudo-viver, nos anulando em função da manutenção de uma vida que não é nossa, mas que outros, pai, mãe, mulher, marido, ex-mulher, ex-marido, namorado, namorada, filho, patrão, amigos, gostariam que fosse.
Não podemos eternamente fugir do conflito, do confronto. Fugir do confronto é um dia se deparar com o confronto em um nível mais elevado, com consequências maiores. Fugir do confronto é viver num estado de frequente angústia pela vida vivida pela metade, é ver que a vida passa por você e não você por ela.
E só há uma forma de viver. Encarando as situações de frente. Ficando na frente do problema e assumindo nossos desejos, nossas vontades, por mais que isso doa no outro, por mais que isso cause o sofrimento dos que nos rodeiam. E, com respeito, ter a cabeça erguida para dizer que não. Ou para dizer que acabou. E também para dizer sim, para comunicar uma decisão, para anunciar um projeto, para mostrar uma novidade ou apresentar um amor.
Muitos de nós tomamos decisões que não queremos tomar e aceitamos situações em nome de uma aparência ou de uma imagem que se tem de nós. Criamos ícones de nós mesmos. Chegou a hora da iconoclastia. Chegou a hora de ser feliz.
Então? Você vem comigo?
Um abraço,
I.R.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Segundo bilhete para um músico popular brasileiro
sábado, 5 de dezembro de 2009
Ser quem se é
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Poema do meu pai para minha mãe
o amor em mim ansiava por você
amada sempre amada
buscava em minha estrada
algo que a alma procura e não se vê
buscava de existir o meu sentido
no mundo em que perdido
vivia entristecido
e o meu sentido (amada) era você
hoje celebro alegre a sua vinda
ao mundo em que me achei
por tê-la achado amada
e a razão de existir agora eu sei
foi para sermos um que eu vim ao mundo
segundo por segundo
viver (amada) o amor
que nos faz um como o perfume e a flor
é seu aniversário e alegre canto
meu canto de poeta em seu louvor
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
o meu coração pede
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Valores económicos
es un Brasil.
El PBI de San Pablo
es una Argentina.
Y el fado portugués
es un mundo entero.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
espelho, espelho meu
domingo, 29 de novembro de 2009
Mensageira dos Deuses, a Deusa da Lua
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Bilhete para quem vai debater
terça-feira, 24 de novembro de 2009
fresta
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
viagem de volta
como evitar,
como não ser assim
quando se está perto
da realização de um sonho?
era uma vez uma lagarta
que se transformou em borboleta,
mas queria ser lagarta,
não borboleta,
e um dia iniciou a viagem de volta.
não sou digno da sua fé
nem do seu amor,
eu tantas vezes falho,
eu tantas vezes vil,
que não me dou por completo,
não porque não quero,
mas porque não sei.
os dias se passam e a ansiedade aumenta
as cinzas estão quase no ponto
e a fênix quase pronta para renascer.
divido tanta felicidade,
e sinto como própria
essa emoção de voltar a ser lagarta.
I.R.
domingo, 22 de novembro de 2009
Vigésimo-sexto bilhete para um world músico
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Entrega em domicílio
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
a fogo lento
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Recreio
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
pelo caminho
e ter certeza de tudo
e ser bom em quase tudo
tendo todo o mundo,
toda a vida, pela frente
não quero voltar aos vinte
e ser um gênio
e ser poeta
tendo todos os versos,
todas as rimas, pra escrever
não quero voltar nem ter vinte
não agora que as certezas são dúvidas
e que sei não ser poeta
nem gênio, nem grande
sou quase nada
e isso não me torna um ser especial
nem faz de mim um escolhido
sou poeira cósmica no universo
pronto para ser varrido
e se de mim se sabe quase nada
se sabe muito, se conhece a minha essência,
ainda mais se a sobrevivência for o meio
e a felicidade a parada final
aos trinta e meio
sei que não sei, que não vivi
sei que não vejo, nem conheci
sei que falta
sei que bato na trave, bato na porta
sei que sou quase
I.R.
domingo, 15 de novembro de 2009
aqueloutro
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Atualização em Lá Menor
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Às margens do rio Ob
Me chamo Igor, olá, muito prazer,
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
cercado
domingo, 8 de novembro de 2009
o dia de galileu
sábado, 7 de novembro de 2009
Voltamos
Buenos Aires, 07 de novembro de 2009
Não sei se disse alguma vez que morar longe do Brasil me fez torcer menos, me emocionar menos com o futebol. Nunca fui um torcedor fanático, nem do meu clube nem da seleção. Mas sempre torci, sempre acompanhei e se fiquei triste com a última eliminação do Brasil na copa do mundo, muito mais triste fiquei quando o Vasco caiu para a segunda divisão no ano passado.
Hoje, 11 meses depois, morando longe, ouvindo o jogo pelo rádio, vibrei como há muito tempo não vibrava. Me emocionei com o segundo gol, com o final da partida, com a torcida vibrando no Maracanã lotado.
Resta ser campeão brasileiro em 2010 para consolidar que “o Vasco é o time da vida, o Vasco é o time do amor”. Bem, na verdade, espero apenas que o time seja armado, estruturado e faça um bom campeonato no ano que vem, para que a segunda divisão seja apenas um fato isolado na história vitoriosa do clube.
E já que estou falando de segunda divisão, faltando 4 rodadas para o final da série B, não posso deixar de dizer que quero esse título. Quero ver o Vasco campeão da segundona. Quero poder dizer ao meu amigo G., torcedor do Flamengo, que tenho um título que ele não tem.
O gol da volta:
I.R.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Um pouco de sol
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Para começar
O meu sexto sentido me desperta
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Mais de 4 décadas
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Carta para um coveiro
Buenos Aires, 02 de novembro de 2009
sei que seu sindicato tem trabalho o ano inteiro, sem interrupções, sem se dar ao luxo de que ninguém trabalhe aos domingos ou feriados como hoje. Seu trabalho é constante, diário e de sol a sol.
Enterrar pessoas deve ser uma tarefa dura. Cavar sepulturas, carregar caixões, limpar jazigos, lidar com a tristeza dos parentes e dos amigos da pessoa falecida, nada disso deve ser fácil. Sei que nos acostumamos com tudo, e que vivemos em uma espécie de anestesia constante quando nosso trabalho envolve dor e sofrimento, mas, confesso, não gostaria de estar nunca em seu lugar.
Não sei se ao trabalhar com a morte tão de perto, você também se faz essas perguntas que filósofos, teólogos e frequentadores de bar, entre os quais me incluo, sempre fazem. Para onde vamos? O que é a morte?
Aviso, se você espera de mim uma resposta, esqueça. Não tenho nenhuma. No entanto, posso dizer em que não acredito. Espero que você não se choque. Não acredito no céu ou no paraíso, chame como quiser, assim como também não acredito no inferno.
Não posso acreditar que existam esses dois lugares para onde vamos depois de termos sido julgados (?!). Como acreditar em um julgamento feito por um deus que já sabe de antemão o veredito? E não me falem de livre-arbítrio. Se Deus, por causa do meu ‘livre-arbítrio’ fosse um juiz que não soubesse com antecipação o resultado do julgamento, então ele não seria deus.
Julgamento? Não acredito. Céu, inferno, um lugar para tocar harpa sobre uma nuvem ou levar chicotadas o dia inteiro, ardendo num fogo que não se apaga? Não sei, mas acho que os autores dessas histórias deveriam ser contratados como roteiristas nos grandes estúdios americanos.
Voltar ao mundo reencarnado em qualquer coisa? É uma opção. Mas não consigo acreditar que um dia serei como o porco que comi hoje no almoço, e que me servirão assado com uma maçã na boca, seguindo a melhor tradição das revistas em quadrinhos.
Outra opção é a reencarnação pura, voltar à vida em outro corpo, viver novamente, me esbarrar com seres queridos de outras encarnações e procurar reconhecê-los através dos sinais, das marcas do destino. Não é uma ideia ruim, mas também não me interessa.
Talvez reste apenas não acreditar em nada, só que essa proposta também não me convence e de maneira alguma me atrai. Ter estado aqui, comer, beber, transar, ter filhos, ler, sofrer, ouvir música, navegar na internet, tomar Viagra, conversar, amar, um longo etc., depois morrer e acabou? Bom para ateus, o que não é meu caso.
Prefiro acreditar que esta é a última vez que estou aqui. E que no futuro me integrarei com a natureza, e a minha energia resistirá naqueles que se lembrarem de mim, e a minha força existirá nas coisas que eu tiver feito, e que minhas cinzas serão espalhadas por aí, em um quintal, na Praia Grande, aos pés do Obelisco, no meio da 9 de Julho ou da Presidente Vargas na hora do rush.
Bom trabalho para você. E aos seus “pupilos”, feliz dia.
I.R.
domingo, 1 de novembro de 2009
Bilhete a um fundidor
sábado, 31 de outubro de 2009
Extrato de aula
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
melancolia poética
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O livro antigo
Quando entrei na livraria, levado por um certo sexto sentido, não sabia em que estava me metendo. Na vitrine, um exemplar com gravuras muito interessantes me vira passar e sussurrara através do vidro “vem, entra”.
Dentro da loja, pedi exatamente esse exemplar que me intrigava. Era um livro do século XVI, de 1500 e alguma coisa, cujo nome já não me lembro. Antes mesmo de começar a ler, perguntei o preço. O vendedor me disse que já estava vendido, mas que eu podia folheá-lo.
Entender o idioma era algo que me intrigava. Afinal, só falo português e espanhol, no entanto, compreendia cada linha à medida que avançava as páginas.
E assim estava, completamente absorto, quando li algo que não esperava. Meu nome. Mas não foi como ler meu nome e não ser eu. Era meu nome. Meu nome e meu sobrenome. Meu nome completo estava ali diante dos meus olhos em um livro do século XVI.
Um nome de origem escandinava, uma variedade de sobrenomes, nascido no Rio de Janeiro, em janeiro, filho de, neto de, aos 3 anos foi para o Arraial do Cabo. E na minha frente começaram a desfilar amigos de infância, as diversas escolas onde estudei, meus colegas, as praias, os primeiros discos ouvidos, as brincadeiras sozinho.
Ia passando as páginas e me assombrava ao ver meus amigos, meu primeiro beijo, a primeira namorada, minha primeira transa, meus irmãos, o seminário, a faculdade. Era difícil acreditar que tudo aquilo tivesse sido escrito há 500 anos, quando o Brasil recém tinha sido descoberto.
Reli minha chegada a Buenos Aires, meu casamento, minha separação, minhas aulas, as mais chatas, as mais divertidas, uma segunda convivência, um filho. Revivi meus caminhos, minhas histórias. E não estava nem na metade do livro, quando sua dona chegou. Estava lendo a parte em que eu entrava numa livraria, atraído por um livro na vitrine e me descobria nas suas páginas.
Interrompi a leitura. Ela, com seus olhos de feiticeira, olhava para mim. Eu sabia que queria o livro que lhe pertencia. Mas queria saber como a história terminava. Pensei em comprá-lo dela, mas não só não tinha dinheiro, como sabia que não me venderia. Foi então, que me enchendo de coragem pedi que me emprestasse o livro, que me deixasse lê-lo até o final. Sim ou não? A pergunta na minha garganta. O medo da resposta. Sim ou não? Como termina a história?
Ela pegou o livro da minha mão e foi embora sem dizer uma palavra.
Por favor, se você estiver lendo este blog, me conte como essa história termina. Se alguém souber de que livro eu estou falando e já tiver lido um pouco de suas páginas, por favor, não deixe de me escrever.
I.R.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
remédio
tomo uma aspirina,
aspiro seu sorriso,
minha cabeça continua doendo,
mas meus olhos se sentem melhor.
tomo um calmante,
tento dormir,
não me acalmo
e aclamo minhas câimbras
como causa da minha insônia.
tomo um antiácido,
faço terapia,
tento arrancar a razão dessa agonia,
que me tenta,
me atonta
e me lança ao centro da tormenta.
passo um ungüento,
tomo um viagra,
uma vodca, uma cachaça,
paro na beira do abismo
sem paraquedas,
e só preciso de mais um sorriso
para, enfim, me atirar.
I.R.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Pedido especial
domingo, 25 de outubro de 2009
Domar o domra
sábado, 24 de outubro de 2009
Pilus
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
escrito nas estrelas
e o coração nas estrelas,
... vivo...
prisioneiro da razão,
fiel cumpridor da ordem,
mantenedor do status quo,
sem questionamentos ou rebeliões,
transitando entre agá-pês,
i-bê-emes e agá-esse-bê-cês.
escrevendo é como me engano,
é minha válvula de escape,
meu telescópio
me permitindo ver além do que é possível,
vejo vênus e o asteróide b612
com seu pequeno príncipe,
olho a face oculta da lua,
observo as três marias e a ursa maior
admiro o asteróide 2616,
onde quero ter uma casa
e me vejo,
passeando pelo espaço,
pelas estepes de uma galáxia qualquer.
I.R.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
carrossel
tenho medo de altura,
e da montanha russa
só gosto ao rés do chão
giro, subo, desço
passo no mesmo lugar
um raio não cai duas vezes no mesmo lugar,
um rio não passa duas vezes no mesmo lugar,
no mesmo lugar, dois corpos não ocupam o mesmo espaço
ao mesmo tempo,
nem no traço do artista,
nem num abraço,
subo, desço, giro,
volto ao mesmo lugar,
tenho medo de altura,
e ao rés do chão sou réu
e no chão sou apenas eu
desço, subo, giro,
fecho o tambor, engatilho
e reinicio essa roleta russa.
I.R.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
às vezes
domingo, 18 de outubro de 2009
Bilhete à Senhora dos Remédios
sábado, 17 de outubro de 2009
périplo 2
se existe um caminho por lá
ou se é possível ir por ali,
não sei por que vou por aqui,
não sei nem se há um porquê.
será pelo poraquê que me espreita?
ou apenas obra do acaso,
que por acaso,
me espreme as espinhas?
serão as sobras do piraquê?
sei que não sei,
mas peço apenas
que me transportem num poracá
e que minhas possíveis respostas
sejam enterradas como um tesouro,
porém sem um mapa,
principalmente sem um xis.
I.R.