quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Carta de fim de ano

Arraial do Cabo, 31 de dezembro de 2009

Prezados,

2009 está chegando ao final em pouco mais de uma hora, pelo menos na Nova Zelândia. Aqui no Brasil falta um pouco mais de horas, e na Argentina uma hora a mais do que aqui. Mas isso não importa. A contagem e a passagem do tempo só não são 100% relativas por causa das rugas e da necessidade do viagra que surgem com os anos.

Esta é a época das promessas de fazer ginástica, parar de fumar, rever os amigos, começar uma dieta, ler mais, voltar a estudar, ter mais paciência, que se tornarão novamente promessas a partir de 20 dezembro de 2010, aproximadamente.

Esta é a época dos mapas astrais, das previsões do futuro, do sol e dos planetas nas casas astrológicas indicando que caminhos tomar e mostrando o que pode acontecer em nossas vidas de acordo com a estrada que tomamos. Mas nunca sem levar em conta os asteroides.

Não venho aqui falar que o mundo vai terminar em 2012 por culpa de um asteroide, ou que foi por causa de um deles que os dinossauros se extinguiram na Terra. Não sou um cientista, nem um erudito. Sou apenas um poeta que não quer que suas casas astrológicas sejam ocupadas por planetas. Os planetas são grandes e o impacto deles na vida acabam sendo pouco tranquilos. Quero um asteroide da casa 1à casa 12.

Um asteroide no meu mapa astral, e a serenidade de não fazer promessas de fim ou de início de ano. Começo 2010 com um estilo de vida robertocarliano, uma vida sem promessas, mas com propostas. Deu para fazer? Ótimo. Não deu? Paciência. E a tranquilidade de que nem tudo o que você disser será usado um dia contra você neste tribunal.

Abraços e feliz 2010,

I.R.