Buenos Aires, 24 de dezembro de 2009.
Meu filho,
antigamente o Natal era uma festa onde se lembrava o nascimento de Jesus (por mais que não tenha nascido no dia 25 de dezembro, se é que nasceu), e, em função disso, se dava algum presente para os familiares ou mesmo para os amigos mais íntimos.
Hoje, o Natal é a festa de um Papai Noel imposto pela Coca-Cola, onde o que importa é se empanturrar e consumir até não poder mais. Jesus? A Madonna diz que vai bem, obrigada.
Nesta véspera da festa do Sol Invicto, meu filho, o que quero lembrar a você é que não importam os nomes de Deus nem de seus filhos. Não importam as datas, pois são meras convenções. Importa manter acesa a chama do Amor.
Comamos, bebamos, ganhemos presentes, mas sem nos esquecermos de que o Amor, o Sol Invicto, deve brilhar e emanar todos os dias de nós.
Um beijo, amo você,
I.R., seu pai.