segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Disjuntor desarmado




Na vida é assim, às vezes o nosso disjuntor cai. A tensão é tanta, o excesso de carga elétrica é tanto, que o disjuntor precisa cair para que o cérebro se reacomode, para que as coisas voltem à sua "normalidade", palavra posta entre aspas por não estar eu capacitado para definir o que é normal.

Quando isso acontece em casa, a luz falta para todo mundo, para quem mora no local ou para quem está apenas de passagem. Não há possibilidade do disjuntor cair apenas para os donos, deixando as visitas iluminadas como se tivessem um disjuntor próprio administrando um canhão de luz independente.

E o melhor a fazer depende da hora do dia. Se for de dia, o susto e a urgência é saber se faltou luz no bairro ou na rua toda, ou se foi mesmo só o disjuntor de casa. Se for de noite é fácil saber se o corte é próprio ou atinge os vizinhos também. O importante é não desesperar, não sair por aí gritando apenas porque está escuro. A carga era muita. A tensão era máxima. O disjuntor caiu. Acontece.

As visitas entendem que às vezes acontece. Quem nunca, em casa própria, não passou por situação parecida. É verdade que na hora a falta de luz é um pouco incômoda. Você é pego de surpresa e não sabe como reagir. Um tchau rápido normalmente é a melhor saída e "a gente se vê em duas semanas" a solução.

Afinal, é apenas uma falta de luz. Nada que os donos da casa não possam resolver levantando a alavanca para rearmar o disjuntor.

Eu estava na sua casa quando o disjuntor desarmou. Não me machuquei enquanto procurava a escuras a porta de saída. Desculpas aceitas.

I.R.