terça-feira, 10 de novembro de 2009

Às margens do rio Ob



Me chamo Igor, olá, muito prazer,

Não sou monstro nem tenho uma corcunda
Nem peito definido ou boa bunda,
Alguém normal, legal de conhecer

Vivo o que dá e não o vir-a-ser,
Sou o que posso, vida não profunda,
Sonhador, sonho com um sonho que me inunda
E se renova a cada renascer

E em meu sonho sou livre, sou guerreiro,
Nascido n'algum dia de janeiro,
Lutando dia a dia com a matéria,

Pois o meu corpo está bem amarrado,
E pra evitar que eu fique congelado,
Aqueço minhas veias na Sibéria.

I.R.