sexta-feira, 9 de maio de 2008

Seus olhos

Seus olhos, uma angústia disfarçada,
Sorriem pra si mesmos se enganar
Olhos que já não podem ensaiar
Crônicas de uma morte aprisionada

Seus olhos com uma cor condicionada
Pelo rir, pelo ser, pelo chorar,
Não sabem como é belo não olhar,
Seus olhos com uma cor alaranjada

Olhos que necessitam telescópio,
Procuram numa fé somente um ópio,
Seus olhos com memória meio ingrata

São olhos de remela e de glaucoma
Dos Deuses lá da Grécia e lá de Roma
Esses olhos de vidro e catarata.

I.R.