A moda é muda, e muda e me dá medo
Em um mundo que vive de aparência
Em um homem vazio e sem consciência
Na Oscar Freire ou na Farme de Amoedo
No marketing tem ela o seu segredo
Pois vender sempre mais é sua ciência
Um abismo social, uma indecência,
Um cheiro de perfume que eu não fedo
Pois a moda, a nós muitos, escraviza,
O cérebro destrói, lobotomiza,
E traz um falso brilho, luz que cega
E as roupas que se usam, tão ridículas,
Me fazem ver no meio das partículas
Que a moda também pode ser bem brega
I.R.