sexta-feira, 4 de abril de 2008

Um dos lados

Entre o que penso, escrevo e também falo
Não espero cem por cento de coerência
Mas quero respeitar a consciência
E não jogar palavras pelo ralo

Se o verbo eu não procuro escravizá-lo
E aceito ter em mim uma falência
É que sou personagens em vivência
Valores que eu não valho, mas não calo

E se os calos que eu tenho em minhas mãos,
Ou nas cordas vocais, são todos vãos
Não pretendo agradar os que me lêeem

Pois vocês só conhecem o que escreve
E que falha e o que fala o que não deve
Mas eu penso, e vocês isso não lêem.

I.R.