Desliza na avenida o coletivo
E eu individualmente reclamando
Quero viajar sentado, descansando
E n{ao como um zumbi, um morto-vivo
Do prazer de sentar então me privo
Enquanto aos meus dois pés estão pisando
Não me sinto De Niro ou Marlon Brando
Me sinto uma sardinha e com motivo
Pois este coletivo, água ou azeite,
Esta lata apertada quer que eu aceite
Que a vida é este viver todo apertado
Mas deixo nesta crônica um protesto
Eu quero me sentar, pois não sou resto
E não gosto deste ônibus lotado.
I.R.