quarta-feira, 30 de abril de 2008

Segunda carta para os leitores

Buenos Aires, 30 de abril de 2008

Queridos leitores,

a última vez que escrevi uma carta para vocês foi no dia dia 31 de dezembro do ano passado. Como abril só tem 30 dias, posso dizer que há 4 meses.

E o que me leva a escrever novamente? Me move o desejo de construir um diálogo, onde eu falo mais do que escuto. Me motiva uma ânsia de renovar que estou aqui, com a diferença de que agora, depois de 4 meses, existem algumas pessoas aí do outro lado da tela, como você.

Na primeira carta que escrevi para vocês, eu falava um pouco sobre a minha história escrevendo, cometendo poemas, de como nunca aprendi a digitar com todos os dedos, de como adoro escrever nas passagens de metrô daqui de Buenos Aires.

Nesta segunda carta quero apenas agradecer a presença de vocês. Nesses 4 meses, este blog recebeu quase 1100 visitas. Imagino que a maioria entrou aqui fazendo alguma pesquisa no Google e acabou descobrindo que o que havia encontrado não era exatamente o que estava buscando, era este blog. Isso nunca aconteceu com vocês? Comigo, várias vezes. Não com este blog, claro, mas com tantos outros que “circulam” por aí. Desses, talvez alguns tenham se tornado leitores, talvez tenham voltado outras vezes, talvez tenham acrescentado este blog aos seus favoritos. E dentro desse universo do talvez, talvez eu nunca saiba se isso aconteceu.

Outros apareceram por aqui por laços de sangue, por amizade, por curiosidade, e agradeço a oportunidade de poder compartilhar essas linhas “virtuais” com vocês.

Tenho de confessar que mesmo se não houvesse uma visita sequer ao blog eu continuaria escrevendo. Mas, para ser sincero comigo e honesto com vocês, é muito mais interessante escrever sabendo que no meu ato de escritura e no seu ato de leitura estamos nos comunicando.

Algumas vezes pensei em habilitar a área de comentários do Carta e Verso, já que isso aumentaria o possível canal de comunicação. Só que termino desistindo da idéia por achar que um poema não merece mais comentários que os que fazemos em nosso próprio interior, ou numa conversa com amigos. Qualquer elogio ou crítica eu só poderia responder com um “muito obrigado”, com um “vá à merda” não daria porque sou educado. Mas não estou habilitado para comentar o que escrevo. E sou tímido (no caso de receber algum elogio).

Para qualquer pequeno comentário, pedido, participação, temos o quadro de mensagens, aberto a todos. E, antes que me esqueça, quero agradecer a generosidade e o afeto de alguns comentários feitos nele.

Amigos leitores, brasileiros, argentinos, portugueses, moçambicanos e não sei se de alguma outra nacionalidade, muito obrigado. Esses 4 meses de blog, esses quase 100 textos publicados, e a presença de vocês, conhecidos ou anônimos, me inspira a transpirar e continuar escrevendo.

Um abraço,

I.R.