terça-feira, 22 de abril de 2008

Máquina de querer

Eu quero costurar qual Kusturica
Uma terra cheinha de ciganos
Iugoslávia andaluz dos meus enganos
O verde de Cesária que em mim fica

Neste mundo underground o que me indica
Que vou por um caminho já sem planos
É a soma dos meus muitos desenganos
O som de um son que a mim todo musica

Mas não me importam planos ou costuras
Nem panos ou bemóis ou nem texturas
Enquanto levo firme o meu alforje

E quero estar deperto e me belisco
Pois eu quero, ao passar pelo obelisco,
Apenas ser amado como Jorge

I.R.

PS ao poema: Os poemas não costumam ter PS, mas este tem, talvez para compartilhar com todos algumas imagens e sons referentes a ele. Isso não significa uma explicação ao poema, já que isso não compete a mim. Mas isto é assunto para uma carta, não para um PS.

Um son cubano...



Um pouco de Cesária Évora...



Umas imagens de um filme de Kusturica, com música de Goran Bregovic...



Fim do PS.

I.R.