Eu, sem linearidade e sem contexto,
Só persigo uma idéia e sou romeiro
E sou passista urbano e passageiro
E os vários personagens do meu texto
Neste 2008, ano bissexto,
29 do mês de fevereiro,
Eu preciso dizer (eu cangaceiro):
Pra viver não preciso de pretexto
Mas eu sou do cangaço e da volante
Eu sou a inconsistência de um instante,
Cegueira de Lampião, rei do cangaço
E não sou o que faz, sou o que atiça,
Justiceiro não sou, quero justiça
Quero a força que faz o que eu não faço.
I.R.