da babilônia,
há flores murchas,
há flores vivas,
sempre-vivas...
meu cérebro não sonha
e ao meu lado
me dando a mão,
a pequena virgem de guadalupe...
tenho medo de que o efeito passe.
pra que me encarar,
me olhar no espelho,
se tenho a semente com fungos?
não mordam minha fruta!
meus passos ainda são firmes,
mas a osteoporose avança...
o fruto é suculento,
porque o bicho não se vê...
e a virgem de guadalupe
sonha comigo.
há margaridas e rosas,
há um bem-me-quer e um dólar...
caminho pelos jardins suspensos
da babilônia
como se caminhasse sobre as nuvens.
I.R.