o museu tem as portas e os braços abertos,
pronto para interagir.
do passado não se vive,
e aquele abraço, aquele beijo,
aquela carícia fugaz, intensa,
intensamente fugaz,
abre as portas das suas exposições
para nos deixar inteira e novamente nus.
um rio não passa duas vezes pelo mesmo lugar,
um raio não cai duas vezes no mesmo lugar,
um mesmo lugar, um mesmo tempo e um mesmo espaço
o espaço das exposições,
a nudez em forma de coleção,
um eu que não era eu,
preparado agora para visitar
um museu de olhos fechados
I.R.