Dizem-nos que Cabral nos descobriu.
Mas como pode ser se eu não existia?
E que a terra dos índios ser devia,
Devia ser dos índios o Brasil?
O português chegou no mês de abril
À Pindorama, e o índio o recebia
Sem saber seu futuro, nesse dia,
E do negro que da África partiu.
E mistura o índio, o negro com o branco,
E nasce, então o Brasil; devo ser franco:
Cabral não foi nem mesmo um dos primeiros.
Pois afinal não foram os portugueses,
Nem os índios, ou negros, ou chineses...
A mescla descobriu-nos brasileiros.
I.R.
PS: Já sei, hoje é 7 de setembro, dia da independência. Mas quem disse que quero respeitar as datas? No dia 22 de abril escrevo sobre ela.