não sou o dono da verdade,
porém tenho direito às minhas opiniões,
que raramente digo.
ajo como uma parede de hospital,
branca e amorfa.
evito certas palavras,
procuro não machucar
mas uso um cilício.
então, chega.
não gosto de poemas sem ritmo
e de certas rimas previsíveis,
não gosto de prepotência,
de pieguice,
detesto poemas mal escritos
mas quase considerados obras de arte
e não entendo a falta de entendimento de alguns.
hoje, com uma ideia
e um blog na mão
qualquer um se acha poeta,
se acredita escritor
e ganha gritinhos dos fãs.
acho que vou publicar
os "poemas" que escrevi no primário.
minha parede branca ganhando uma mancha
e um cacófato.
I.R.