terça-feira, 10 de março de 2009

Soneto da paixão fugaz

O mundo das paixões mais que fugazes
Chega ao fim quando chega a independência
E há resignação e incoerência
Por várias estações, em muitas fases

Há delírios oníricos loquazes
Torpores incostantes e inconsistência
Há o final quando chego à independência
E ela se afasta a passos contumazes

Fim da paixão platônico-moderna
Que por doze estações é mais que eterna
Numa falsa euforia e novo afã

E a possuo com olhos pouco astutos
Minha paixão de vinte e alguns minutos
Num metrô na segunda de manhã.

I.R.