sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Blues
Um céu sem nuvens
Um mar sem algas
Dois terços da bandeira,
a da Argentina,
A tinta da bic
que uso para escrever
isto, que não ouso chamar poema
Nenhuma fruta
Nenhuma folha
Um sorvete,
Algumas roupas que tenho no armário
Um papel de bala,
um sugus de abacaxi,
Mas não vejo
Nenhum azul mais bonito
E não procuro
Nenhum azul mais bonito
Pois não existe
Nenhum azul mais bonito
Do que o azul profundo dos teus olhos
I.R.
PS: Já sei que os poemas não tem PS. Mas quem disse que isto é um poema? Estas palavras são apenas o espelho escrito de um pai coruja.