Aos poucos a histeria coletiva
Me faz buscar também um psicólogo
Pra transformar em diálogo o monólogo
E transpostar à mão a mente ativa
(Mente histericamente sempre viva,
Flor murcha no jardim de algum teólogo,
De Machado de Assis algum apólogo,
Alguma encarnação de Zeus ou Shiva)
A mente coletiva de um histérico,
Um rei com um sorriso cadavérico,
Uma história que eu nunca contarei.
Já que o rei, meus amigos, está nu,
E em seu trono se senta um urubu.
É rei morto, rei posto - Viva o rei!
I.R.