sábado, 4 de julho de 2009

Cidade sitiada

Esta cidade foi contaminada
Pelo vírus da angústia ou o do medo,
Nas ruas nos apontam com um dedo
(Toque de recolher..., curral..., manada)

Buenos Aires caminha a sentir nada,
A ser um nada mais do que degredo,
E nós nas suas mãos sermos brinquedo
De vida não vivida, mas frustrada.

Teimo em não me entregar, e é só de birra
Nas mãos desta cidade que não espirra
Cravo firme os meus dedos numa boia

E evito a boca enorme desta esfinge
A máscara não ponho que me impinge
E fujo desta louca paranoia.

I.R.