Um terço pendurado em teu pescoço,
Jesus crucificado entre teus seios,
E te devoro, livre de receios,
Meus olhos, minha cara de bom moço.
Tua blusa mostra o umbigo, quase um poço,
E em ti quero grudar por tantos meios,
Pra sermos um umbigo em mil passeios,
Mas nada eterno, apenas um esboço.
Eterno, o terço, apenas e suas contas
E o delírio dos céus se tu me montas
Me deixando sem ar, meio cansado.
Bem acordado sonho com teus peitos,
Deles eu quero a glória dos eleitos,
Quero ser entre os dois crucificado.
I.R.