segunda-feira, 30 de novembro de 2009
espelho, espelho meu
domingo, 29 de novembro de 2009
Mensageira dos Deuses, a Deusa da Lua
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Bilhete para quem vai debater
terça-feira, 24 de novembro de 2009
fresta
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
viagem de volta
como evitar,
como não ser assim
quando se está perto
da realização de um sonho?
era uma vez uma lagarta
que se transformou em borboleta,
mas queria ser lagarta,
não borboleta,
e um dia iniciou a viagem de volta.
não sou digno da sua fé
nem do seu amor,
eu tantas vezes falho,
eu tantas vezes vil,
que não me dou por completo,
não porque não quero,
mas porque não sei.
os dias se passam e a ansiedade aumenta
as cinzas estão quase no ponto
e a fênix quase pronta para renascer.
divido tanta felicidade,
e sinto como própria
essa emoção de voltar a ser lagarta.
I.R.
domingo, 22 de novembro de 2009
Vigésimo-sexto bilhete para um world músico
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Entrega em domicílio
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
a fogo lento
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Recreio
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
pelo caminho
e ter certeza de tudo
e ser bom em quase tudo
tendo todo o mundo,
toda a vida, pela frente
não quero voltar aos vinte
e ser um gênio
e ser poeta
tendo todos os versos,
todas as rimas, pra escrever
não quero voltar nem ter vinte
não agora que as certezas são dúvidas
e que sei não ser poeta
nem gênio, nem grande
sou quase nada
e isso não me torna um ser especial
nem faz de mim um escolhido
sou poeira cósmica no universo
pronto para ser varrido
e se de mim se sabe quase nada
se sabe muito, se conhece a minha essência,
ainda mais se a sobrevivência for o meio
e a felicidade a parada final
aos trinta e meio
sei que não sei, que não vivi
sei que não vejo, nem conheci
sei que falta
sei que bato na trave, bato na porta
sei que sou quase
I.R.
domingo, 15 de novembro de 2009
aqueloutro
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Atualização em Lá Menor
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Às margens do rio Ob
Me chamo Igor, olá, muito prazer,
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
cercado
domingo, 8 de novembro de 2009
o dia de galileu
sábado, 7 de novembro de 2009
Voltamos
Buenos Aires, 07 de novembro de 2009
Não sei se disse alguma vez que morar longe do Brasil me fez torcer menos, me emocionar menos com o futebol. Nunca fui um torcedor fanático, nem do meu clube nem da seleção. Mas sempre torci, sempre acompanhei e se fiquei triste com a última eliminação do Brasil na copa do mundo, muito mais triste fiquei quando o Vasco caiu para a segunda divisão no ano passado.
Hoje, 11 meses depois, morando longe, ouvindo o jogo pelo rádio, vibrei como há muito tempo não vibrava. Me emocionei com o segundo gol, com o final da partida, com a torcida vibrando no Maracanã lotado.
Resta ser campeão brasileiro em 2010 para consolidar que “o Vasco é o time da vida, o Vasco é o time do amor”. Bem, na verdade, espero apenas que o time seja armado, estruturado e faça um bom campeonato no ano que vem, para que a segunda divisão seja apenas um fato isolado na história vitoriosa do clube.
E já que estou falando de segunda divisão, faltando 4 rodadas para o final da série B, não posso deixar de dizer que quero esse título. Quero ver o Vasco campeão da segundona. Quero poder dizer ao meu amigo G., torcedor do Flamengo, que tenho um título que ele não tem.
O gol da volta:
I.R.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Um pouco de sol
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Para começar
O meu sexto sentido me desperta
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Mais de 4 décadas
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Carta para um coveiro
Buenos Aires, 02 de novembro de 2009
sei que seu sindicato tem trabalho o ano inteiro, sem interrupções, sem se dar ao luxo de que ninguém trabalhe aos domingos ou feriados como hoje. Seu trabalho é constante, diário e de sol a sol.
Enterrar pessoas deve ser uma tarefa dura. Cavar sepulturas, carregar caixões, limpar jazigos, lidar com a tristeza dos parentes e dos amigos da pessoa falecida, nada disso deve ser fácil. Sei que nos acostumamos com tudo, e que vivemos em uma espécie de anestesia constante quando nosso trabalho envolve dor e sofrimento, mas, confesso, não gostaria de estar nunca em seu lugar.
Não sei se ao trabalhar com a morte tão de perto, você também se faz essas perguntas que filósofos, teólogos e frequentadores de bar, entre os quais me incluo, sempre fazem. Para onde vamos? O que é a morte?
Aviso, se você espera de mim uma resposta, esqueça. Não tenho nenhuma. No entanto, posso dizer em que não acredito. Espero que você não se choque. Não acredito no céu ou no paraíso, chame como quiser, assim como também não acredito no inferno.
Não posso acreditar que existam esses dois lugares para onde vamos depois de termos sido julgados (?!). Como acreditar em um julgamento feito por um deus que já sabe de antemão o veredito? E não me falem de livre-arbítrio. Se Deus, por causa do meu ‘livre-arbítrio’ fosse um juiz que não soubesse com antecipação o resultado do julgamento, então ele não seria deus.
Julgamento? Não acredito. Céu, inferno, um lugar para tocar harpa sobre uma nuvem ou levar chicotadas o dia inteiro, ardendo num fogo que não se apaga? Não sei, mas acho que os autores dessas histórias deveriam ser contratados como roteiristas nos grandes estúdios americanos.
Voltar ao mundo reencarnado em qualquer coisa? É uma opção. Mas não consigo acreditar que um dia serei como o porco que comi hoje no almoço, e que me servirão assado com uma maçã na boca, seguindo a melhor tradição das revistas em quadrinhos.
Outra opção é a reencarnação pura, voltar à vida em outro corpo, viver novamente, me esbarrar com seres queridos de outras encarnações e procurar reconhecê-los através dos sinais, das marcas do destino. Não é uma ideia ruim, mas também não me interessa.
Talvez reste apenas não acreditar em nada, só que essa proposta também não me convence e de maneira alguma me atrai. Ter estado aqui, comer, beber, transar, ter filhos, ler, sofrer, ouvir música, navegar na internet, tomar Viagra, conversar, amar, um longo etc., depois morrer e acabou? Bom para ateus, o que não é meu caso.
Prefiro acreditar que esta é a última vez que estou aqui. E que no futuro me integrarei com a natureza, e a minha energia resistirá naqueles que se lembrarem de mim, e a minha força existirá nas coisas que eu tiver feito, e que minhas cinzas serão espalhadas por aí, em um quintal, na Praia Grande, aos pés do Obelisco, no meio da 9 de Julho ou da Presidente Vargas na hora do rush.
Bom trabalho para você. E aos seus “pupilos”, feliz dia.
I.R.