quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Do verbo tocar

Piano, cítara, gaita e violoncelo
Bongô, guitarra, sax, fagote e quena
Nem batera e atabaque, mas que pena
Não toco nada, em nada me revelo

Nem harpa, cavaquinho ou o que é mais belo
Um violão que domina toda a cena
Não toco e desconecto a minha antena
Nem assovio, a boca eu já congelo

E não toco sanfona nem charango
Violino e bandoneón para o meu tango,
Não toco berimbau nem pandeireta

Mas se não toco nada de instrumento
Garanto que não causa sofrimento
Não toco e não arranho de ranheta

I.R.