quarta-feira, 4 de junho de 2008

À Brasileira

Não sei quem foi, quem é, será seu dono
Não sei quem descobriu a sua cadência
Não sei se foi pessoa ou consciência
Não sei quem é teu santo ou teu patrono

Mas sei que você nunca perde o tono
Sei que você é simples, sem ciência
Sei que seu baticum é quintessência
Que seu som é estéreo, nunca mono

E mesmo sem saber quem você é
E até sem te trazer aqui no pé
Vou morrer num pagode bom de bamba

E no meio de toda batucada
Vou descobrir o ser, o tudo e o nada
Na cadência bonita de um bom samba

I.R.





I.R.