sábado, 18 de outubro de 2014

vulto de mel

Foto: Jacqueline Hoofendy

podemos guardar
ou preservar,
festas e alegrias
sofrimentos e horrores,
momentos...
os que quisermos,
as que escolhermos,
aquilo que sentirmos,
em fotos e cartazes,
pendurados nas paredes da nossa vida.

mas nada do que vivermos é estático,
pois viver é mel que escorre,
é vulto que passa,
corpo que um dia morre,
embora registre e repense
em frágeis luzes sólidas
o que vamos vivendo por aqui.

I.R.