Foto: Luiz Cavalli
a desordem pode não ser a resposta,
mas a ordem imposta,
traz em si a marca da intolerância,
da intransigência e da ditadura.
o progresso egoísta,
destruidor da natureza e do homem,
é um retrocesso fantasiado de positivo.
o amor não cabe nas bandeiras,
porque as bandeiras não unem,
dividem e reúnem subdivisões
em nome de nacionalismos alienantes.
meu verde e amarelo
poderia ser preto e branco,
cinza e marrom, roxo e rosa
multicolorido.
nenhuma cor me define,
eu mesmo me defino
ao fechar meus olhos,
ao me olhar no espelho.
o progresso que quero,
e a ordem que espero,
só podem chegar
em mundo onde a única fronteira
é o respeito pelo outro.
I.R.