ele, ontem,
mudou de astral.
alguém que nunca foi ostra,
mas que também não era astro
foi embora montado na cauda de um cometa
deixado em sua porta pelos que agora o santificam.
homem. e como tal, virtuoso e defeituoso,
seu julgamento entra para a história,
assim como seu pacto;
o fortalecimento das instituições
tanto quanto o dragão da que é hoje maquiada; a inominável
homem de cara limpa,
jamais precisou pintá-la
para atingir seus propósitos,
mas pela cara suja de alguns,
e para manter viva a que renascia,
foi obrigado a ceder. estrela cadente.
obediência devida. ponto final.
meses antes, o cetro muda de mãos.
ela, a renascida, sobrevive,
e dá à luz a um câncer que pilhará o que puder. ele, o inominável.
agora já não se pode voltar atrás.
podemos ver nos livros, na tv,
os reflexos na própria carne,
e que o passado nos ajude a que o futuro não seja igual.
vá em paz. a casa não está em ordem.
mas fique tranquilo. talvez não seja seu destino estar arrumada.
I.R.