terça-feira, 4 de maio de 2010

silêncio

os silêncios nunca são iguais...

um silêncio de angústia
outro de perplexidade
algum de tristeza
talvez de saudade
um silêncio de raiva
e o que nada diz
pois tudo está dito

o silêncio à distância
e o que distancia
o silêncio junto
e o que alivia

o silêncio de dor
o silêncio de amor
e o que extasia

os silêncios nunca são iguais...
os silêncios...

um silêncio que vem da boca
e que evoca a alma
um silêncio que fere
outro que acalma
um silêncio que ao viver
sacode ou silencia
um silêncio de amar ou de querer
de chorar ou de prazer
que nada diz
pois a tudo principia.

I.R.