sexta-feira, 21 de maio de 2010

saudade profunda

tem dias que a saudade se sente
quase imperceptível,
e passa, e não faz morada,
some rápido como quem pega o metrô por duas estações.
tem dias que a saudade é como a fome
depois de uma manhã de trabalho
quando o almoço salvador acontece às três.
alguns dias ela é brisa constante,
em outros temporal,
raio, trovão, relâmpago, furacão...
tem dias que a saudade é um monstro
que nos ataca o sonho
pronto para nos devorar.
mas em mim,
que também sofro de todo tipo de saudade,
ela é uma criança,
um amor de criança,
abrindo os braços e me chamando de papai.

I.R.