quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

antena

o que vivo, o que escrevo,
o que penso, sinto, vejo, leio,
faz uma pirueta
descrevendo uma parábola.
e eu, parabólica,
que não escreve parábolas,
mas poemas,
que nada mais são
que receitas de pudim,
digo do mundo,
falo de mim,
como todos fazem...
alguns sentados na porta
outros debruçados na janela,
nas salas de espera,
à espera das palavras
que nos façam falar

Igor Ravasco