segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
querer
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
um poema
dentro
de um porta-retrato, um poema,
debaixo de um computador, de um celular,
dentro de uma cuia de chimarrão, um poema.
numa conversa com amigos,
tomando um vinho, uma cerva, um cachorrito,
versos e mais versos.
na hora da angústia, no momento da alegria,
na dor, na dúvida, na falsa certeza,
há odisseias e lusíadas,
há poemas luzidios, reluzentes,
há curas e sessões de análise.
dentro de um poema há vários poemas,
o meu escrito, o seu reescrito na leitura,
o nosso que se dá no encontro,
no desarmar da armadura...
no disjuntor desarmado
depois de um pico de energia.
Igor Ravasco
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
bicarbonato
o que ainda não resolvi
e o que já tô resolvendo,
meus dramas,
minhas tramas,
meus traumas...
e meus sonhos terapêuticos
que despertam
o que não ouso mencionar.
há muitos caminhos por onde ando,
nesse interior onde me descubro,
onde acerto, onde falho...
há muitas estradas na vida,
num viver que não tem atalho
Igor Ravasco
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
clarim
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
singeleza
queria
escrever um poema
pra você ler num sarau.
um poema simples,
poesia rasteira,
como pernada de capoeira,
palavra pendurada no varal.
queria escrever um poema
pra ser lido sem dicionários,
sem ajuda dos universitários
ou a eliminação de alternativas...
queria escrever sem arcaísmos,
sem arcabouços,
um poema em troços...
mas talvez não possa, não queira,
não saiba... sei lá, não sei.
formam poemas que não escrevi