na amizade,
no amor, na vida,
permito a permuta,
e prefiro relacionamentos de troca,
não relações de capital.
o capitalismo arquiva a emoção,
engessa a poesia,
com seus agiotas e banqueiros,
seus cobradores de impostos.
o capitalismo de amores supostos,
sem brilho nem luz, só mais-valia,
sabe que nem tudo que brilha é ouro,
e não esconde um tesouro
mas um outro num hoje abrumado.
e se não me queimo no fogo da paixão,
não me queixo,
prefiro o sem sentido...
choque térmico de um banho-maria invertido,
banho de sal grosso na beira do rio.
I.R.