o sol do
verão de outono
torra minha pele e minhas ideias,
me trazendo miragens,
caras conhecidas de outra vida,
que não sabem quem sou.
o sol tórrido me tira o ânimo,
a ‘ânima’ e a fome,
desanima meus passos,
enquanto desconheço esta cidade,
seus apostadores da mega-sena,
suas construções.
passo pela porta aberta do mestre,
que não está, nem seu olhar,
nem seu humor ou suas histórias.
o sol me faz suar, como pele que chora.
nem sempre há sombra possível,
e isso não é incrível, é apenas vida...
presente também em tanta ausência.
I.R.