o que guardo comigo, e então não conto,
não digo por querer saber o quanto
sou em mim meio diabo e um pouco santo,
e então não aumentar nem mesmo um ponto
se não falo, não é por ser um tonto,
mas por ser responsável do que planto,
do que colho em meu riso ou no meu pranto,
eu sempre em formação e nunca pronto
palavras são levadas pelo vento,
mas agora o que eu quero e o que eu tento,
é só me libertar do labirinto,
e então contar, tão solto em meu conjunto,
livre para qualquer que seja o assunto,
e assim poder falar tudo o que sinto
I.R.