é preciso estar atento,
o verso chega como o vento sudoeste,
como um amor agreste,
no reverso de um poema
que pretendia ser de dor.
mas nesse vira e gira o mundo,
a alegria de um eu profundo
é a alegoria da existência,
o berço do bebê que nos habita,
que grita e chora de fome
da palavra que se respira
e que se come,
do universo numa casca de noz
I.R.