não sou nostálgico da inocência perdida,
com tudo o que isso significa,
com tudo o que isso traz...
a ausência da paz
sem guerra indefinida,
a consciência do inconsciente,
de não ser príncipe nem sapo,
encantador ou encantado,
mas o que vai ao lado...
questiono demais
e todo o tempo piso o rabo
de minhas posições firmes.
penso, logo me contradigo.
I.R.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
domingo, 28 de maio de 2017
graxa
segunda-feira, 22 de maio de 2017
da antinomia e do antimônio
entre o antônio e o anônimo
há o antônimo,
oposição de ideias,
ser assincrônico...
entre o sim e o sinônimo
não há mulher, homem
ou homônimo,
mas o monótomo,
átomo sem hormônio,
ser sem nome,
senha e harmonia,
fome de caos,
forma de cães que mordem
além de ladrar
I.R.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
disfarce
não oculto nem revelo,
não me descabelo,
eu, inculto, entre ignorantes
conhecedores de tudo.
não sou um livro aberto
nem enciclopédia de consulta...
a paciência é pouca,
a paciência é muita...
na arte do ocultamento
não há encantamento,
mas me disfarço de igor
sempre que vou por aí.
I.R.
sábado, 13 de maio de 2017
arquitetando
o brilho que se vê em cada janela,
não revela o mistério,
não conhece critério,
só ilumina,
como o sol da meia-noite.
a palavra delineada,
escrita ou falada,
desvela os segredos,
desnuda os medos,
arma projetos arquitetônicos...
a arquitetura do sonho,
onde componho o sou
I.R.
terça-feira, 9 de maio de 2017
tempo de alquimia
Foto: Igor Ravasco
no som do samba,
não fui tanto nem fui bamba.
não batuquei,
não dancei,
não chorei com a cuíca
nem gemi com o bandoneón...
mas ouvi...
e senti...
e então gemi,
e aí chorei
I.R.
quarta-feira, 3 de maio de 2017
sobre a conversa
a conversa é uma estrada
sem necessidade de chegada
quando nas bolsas
e nas bocas
não levamos armas
e se não ensino e aprendo,
se falo, não me calo ou não me rendo,
se não curto o caminho longo,
e me encurto
para dar espaço ao diálogo,
a conversa não é conversa,
é monólogo,
palavra jogada fora,
mundo afora...
garganta seca, perda de tempo
e bolha nos pés.
I.R.
sem necessidade de chegada
quando nas bolsas
e nas bocas
não levamos armas
e se não ensino e aprendo,
se falo, não me calo ou não me rendo,
se não curto o caminho longo,
e me encurto
para dar espaço ao diálogo,
a conversa não é conversa,
é monólogo,
palavra jogada fora,
mundo afora...
garganta seca, perda de tempo
e bolha nos pés.
I.R.
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