Foto: Angela Melim
mas meus pensamentos
necessitam ser libertos
da escravidão da ignorância,
da prisão das imagens projetadas...
quero ter minha mente como um mar
e os grãos de areia colados na pele
quando volto pra casa.
não conheço a salvação da vida,
talvez o salva-vidas seja uma metáfora
do que é preciso erguer ou destruir,
do que é necessário ressignificar
quero sentir na palma das mãos
toda essa espuma,
sem pressa alguma...
esperando, quem sabe,
que a chuva caia...
não com uma falsa ideia de pureza,
mas para que, encharcado de natureza,
eu me pesque ou eu me perca
I.R.