segunda-feira, 1 de agosto de 2016

no final do arco

Foto: Luis Saraceni

me resisto a frases bombásticas,
lançadas como flechas erráticas,
insisto em não me comprometer,
em não me meter no texto até a medula...
escrevo a partir do cético,
do estético e do racional.
e se não me envolvo
ou não me comprometo,
é porque pouco prometo
e a vivência do sentimento
não é tão sentimental...
talvez exista um pote de ouro
ou o beijo de um outro
no final do arco-íris...
quem sabe?
julgar não me cabe...
talvez, no final do arco-íris,
se esconda um poema de amor.

I.R.