segunda-feira, 22 de agosto de 2016

das correntes


Foto: Luiz Bhering

elas vêm como ondas,
como massa encefálica,
emaranhado intestinal...
corredeira terminando
em cachoeira,
prendendo minha atenção,
nublando meu juízo,
minha percepção,
me amarrando ao que penso
ou ao que não digiro,
enquanto dirijo em zigue-zague,
procurando uma falha num elo,
no meio do relevo,
o que não revelo...
quero ser a outra corrente,
quero fluir sem obstáculos,
estender meus tentáculos
em direção ao desconhecido.

I.R.