Foto: Ricardo Apparicio
entro num túnel
como se entrasse
num buraco de minhoca.
passageiro no tempo,
viajante de sonhos que não escrevo,
não descrevo
e que às vezes duvido se algum dia sonhei.
entro num túnel
como se do outro lado
existisse uma nova história,
não uma nova memória
ou uma luz salvadora.
não acredito nas salvações
e as ilusões podem virar
realidades ou utopias.
entraria já num túnel,
mas moro numa cidade plana,
sem montanhas para escavar.
I.R.