domingo, 4 de maio de 2014

para o santiago

não há palavra, nem frase,
não há poema, nem carta,
não há nada que eu possa escrever
como mostra de afeto,
menos ainda como prova de amor.
e se não há poema,
abandono o verso, para te dizer, meu filho, que se te chamo meu é por força do hábito. você não é meu, não sou seu dono. em nossa relação, sou pai, você filho, e sou um amigo que deve marcar limites, mas sem impor minhas vontades arbitrárias. seja livre, jovem santiago, seja livre do consumismo, livre da violência, livre para amar e ser amado. seja livre para não ser escravo, e, sendo livre, ser feliz.

te amo.

Papai