sexta-feira, 9 de setembro de 2011

urbano

da minha janela eu via a lua
por cima de uma rua
que não parava de correr.

de um lado para o outro
a avenida se fazia dragão,
sem amo nem senhor,
nem santo guerreiro
que viesse socorrer.

da minha lua eu via a janela
semi-aberta
olhando uma rua
nunca deserta
e minha imagem no vidro
criando um eclipse.

I.R.