quem disse que dois dias é pouco
para se morrer de saudade?
I.R.
sábado, 30 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
exámen oral
con el ojo en la hoja
donde escribo
el alumno muerde sus dedos y sus dudas
a veces me gustaría darle la respuesta
pero es floja la idea expuesta
y la realidad es que no le puedo ayudar
I.R.
donde escribo
el alumno muerde sus dedos y sus dudas
a veces me gustaría darle la respuesta
pero es floja la idea expuesta
y la realidad es que no le puedo ayudar
I.R.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
stricto sensu
num dia de censo
não sei se é contrassenso
esperar que não se conte apenas
o número de pessoas
e se meça quantos somos.
o incenso que acendo
e a oração que faço
é para que os censados
tendo mais senso de justiça
e sendo mais solidários
sejamos o cessar de tanto sofrimento.
I.R.
não sei se é contrassenso
esperar que não se conte apenas
o número de pessoas
e se meça quantos somos.
o incenso que acendo
e a oração que faço
é para que os censados
tendo mais senso de justiça
e sendo mais solidários
sejamos o cessar de tanto sofrimento.
I.R.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
no tempo
hoje mais do que ontem
minha cabeça pensa em você;
hoje mais do que ontem
meus órgãos pedem por você;
hoje mais do que ontem
você não é só minha musa,
minha música,
meu amor,
é pessoa que admiro,
respeito,
mulher que desejo.
hoje mais do que ontem.
hoje menos do que amanhã.
I.R.
minha cabeça pensa em você;
hoje mais do que ontem
meus órgãos pedem por você;
hoje mais do que ontem
você não é só minha musa,
minha música,
meu amor,
é pessoa que admiro,
respeito,
mulher que desejo.
hoje mais do que ontem.
hoje menos do que amanhã.
I.R.
domingo, 24 de outubro de 2010
facilidade
há mais de 40 anos
meu pai demonstra que
é possível escrever poemas
de amor para uma mesma pessoa
quero essa dificuldade
de sentir que estou escrevendo
algo que já escrevi.
sentir que minhas rimas
já foram usadas
e que meus poemas,
se não foram escritos,
já foram ditos para você.
quero toda essa dificuldade
e o aprendizado constante de uma vida a dois
e a facilidade de te amar.
hoje mais do que ontem.
I.R.
meu pai demonstra que
é possível escrever poemas
de amor para uma mesma pessoa
quero essa dificuldade
de sentir que estou escrevendo
algo que já escrevi.
sentir que minhas rimas
já foram usadas
e que meus poemas,
se não foram escritos,
já foram ditos para você.
quero toda essa dificuldade
e o aprendizado constante de uma vida a dois
e a facilidade de te amar.
hoje mais do que ontem.
I.R.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
viver sem você
sabe,
seria exagero meu dizer
que não posso viver sem você.
poderia respirar,
bem ou mal trabalhar,
e escreveria poemas tristes
quando pudesse escrever algum.
seria exagero dizer que sem você
não há vida.
posso viver sem você.
mas sabe,
não quero.
e espero nunca precisar.
viver com você
é olhar o lado positivo da vida,
é dar e receber,
planejar, pretender,
amar e ser amado.
é mergulhar de cabeça
e ser o seu mar
é não ser feliz sozinho,
e ser um e dois ou dois em um... sei lá.
I.R.
seria exagero meu dizer
que não posso viver sem você.
poderia respirar,
bem ou mal trabalhar,
e escreveria poemas tristes
quando pudesse escrever algum.
seria exagero dizer que sem você
não há vida.
posso viver sem você.
mas sabe,
não quero.
e espero nunca precisar.
viver com você
é olhar o lado positivo da vida,
é dar e receber,
planejar, pretender,
amar e ser amado.
é mergulhar de cabeça
e ser o seu mar
é não ser feliz sozinho,
e ser um e dois ou dois em um... sei lá.
I.R.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
me dijo un amigo
Arte de Patrício Otero - "Tango Rápido"
tengo un amigo amante de la cultura,
de las monedas viejas,
de la música,
de la buena cerveza,
y de su novia,
entre otros tantos amores
que seguro los tendrá.
tengo ese amigo que me dijo,
no, no me dijo,
me dice
con su acento español:
igor, cuando ames,
ama sin miedo,
entrégate sin miedo,
confía sin miedo.
no te guardes nada para ti:
compártelo todo,
entrégalo todo.
sólo así te sentirás completo con quien amas.
qué me queda hacer,
además de cerrarme los ojos
y tirarme al vacío?
I.R.
domingo, 17 de outubro de 2010
versos autorais
não costumava dizer as coisas que digo,
mas não costumava.
agora que digo,
faço e sinto, e você sabe,
sei que dividir soma e multiplica
fazer o que se diz,
sentir o que se faz,
dizer o que se sente
até mesmo sem palavras.
experiências novas...
um homem abandonando as entrelinhas
para mergulhar no texto,
deixando de ser personagem
descobrindo a satisfação de ser autor.
I.R.
mas não costumava.
agora que digo,
faço e sinto, e você sabe,
sei que dividir soma e multiplica
fazer o que se diz,
sentir o que se faz,
dizer o que se sente
até mesmo sem palavras.
experiências novas...
um homem abandonando as entrelinhas
para mergulhar no texto,
deixando de ser personagem
descobrindo a satisfação de ser autor.
I.R.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
treze de outubro
talvez, se digo dois meses,
me digam que é pouco.
devo dizer sessenta dias
ou mil, quatrocentos e quarenta horas?
melhor se digo oitenta e seis mil e quatrocentos minutos
ou cinco milhões, cento e oitenta e quatro mil segundos?
talvez não deva dizer nada.
medir o infinito não é mesmo uma tarefa fácil.
I.R.
me digam que é pouco.
devo dizer sessenta dias
ou mil, quatrocentos e quarenta horas?
melhor se digo oitenta e seis mil e quatrocentos minutos
ou cinco milhões, cento e oitenta e quatro mil segundos?
talvez não deva dizer nada.
medir o infinito não é mesmo uma tarefa fácil.
I.R.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
alguns versos
queria escrever versos bonitos,
versos profundos,
versos que falassem da vida,
da beleza,
do amor.
queria escrever versos de amor para você.
mas meus dedos estão doendo,
minha cabeça está cansada
e não consigo pensar em outra coisa
que não seja a sesta que não vou dormir.
I.R.
versos profundos,
versos que falassem da vida,
da beleza,
do amor.
queria escrever versos de amor para você.
mas meus dedos estão doendo,
minha cabeça está cansada
e não consigo pensar em outra coisa
que não seja a sesta que não vou dormir.
I.R.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
ecdise
como uma serpente
troco as minhas escamas,
deixo minha velha pele
em algum lugar de um chão qualquer.
cresci
e já não entro em meu antigo corpo.
cresci
e minhas ideias,
meus pensamentos,
meus sonhos e realidades
já não cabem no meu antigo corpo
que continua se arrastando por aí.
não ganhei asas, nem pés,
não sei voar nem correr.
mas tenho um corpo novo,
uma pele nova
disposta a ser abandonada
enquanto eu continuar crescendo.
I.R.
troco as minhas escamas,
deixo minha velha pele
em algum lugar de um chão qualquer.
cresci
e já não entro em meu antigo corpo.
cresci
e minhas ideias,
meus pensamentos,
meus sonhos e realidades
já não cabem no meu antigo corpo
que continua se arrastando por aí.
não ganhei asas, nem pés,
não sei voar nem correr.
mas tenho um corpo novo,
uma pele nova
disposta a ser abandonada
enquanto eu continuar crescendo.
I.R.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Areias novas
Arte: Patrício Otero (Cierto Desierto)
A areia já não pode ser contida,
Crescem dunas, escondem-se caminhos,
E se os homens se sentem tão sozinhos
Talvez não saibam bem sentir a vida.
Eu também tive um' alma entristecida,
Sem ver na própria areia os seus carinhos,
Pensando ser vinagre tantos vinhos,
Sentindo-me faminto e sem comida.
Como quem vive a angústia da miragem
Por anos eu montei um personagem
Que agora eu desconstruo a peito aberto
E nesse mar de areia eu me descubro,
Sou forte, não me escondo, não me encubro,
Não preciso de oásis no deserto.
I.R.
sábado, 2 de outubro de 2010
um poema de amor
muitas vezes os poemas de amor
são considerados bregas,
ridículos,
melosos,
excessivos.
sempre tive vergonha dos poemas de amor,
vergonha própria,
não vergonha alheia...
exteriorizar o que se sente nem sempre é fácil.
mas adeus entrelinhas,
subtexto,
viva a breguice tornada poesia!
pois amo a sua presença
e estar com você,
amo o seu sorriso
e as nossas conversas,
amo a sua delicadeza
e a sua busca por crescer,
amo a sua cama
e as nossas sestas,
amo as nossas sextas
e o nosso presente,
e a construção de um passado,
de um futuro,
e de um pretérito imperfeito do subjuntivo.
I.R.
são considerados bregas,
ridículos,
melosos,
excessivos.
sempre tive vergonha dos poemas de amor,
vergonha própria,
não vergonha alheia...
exteriorizar o que se sente nem sempre é fácil.
mas adeus entrelinhas,
subtexto,
viva a breguice tornada poesia!
pois amo a sua presença
e estar com você,
amo o seu sorriso
e as nossas conversas,
amo a sua delicadeza
e a sua busca por crescer,
amo a sua cama
e as nossas sestas,
amo as nossas sextas
e o nosso presente,
e a construção de um passado,
de um futuro,
e de um pretérito imperfeito do subjuntivo.
I.R.
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