quarta-feira, 17 de março de 2010

De-Grau

As grades peneirando o céu escuro
Encarceram estrelas e meu canto,
Me lembram sutilmente 'não sou santo',
Mas grades eu prefiro em vez de muro.

Os grandes e seus sonhos... sonho duro...
Realidade sem riso, mas sem pranto,
Sem juízo, julgamento, um querer tanto,
Lembrando sutilmente 'não sou puro'.

A glande, e uma miragem vira um sonho
E um degradê e um medo tão medonho,
Já nem sei se isso eu penso ou se isso eu sinto.

Mas grandes grades cercam minha mente,
E eu minto, omito, como, estando ausente,
Sou fauno a me perder num labirinto.

I.R.