tenho estrelas na pele,
tantas quanto uma galáxia,
trago constelações na minha pele,
mas nenhuma tatuagem
nessa viagem interestelar.
acredito na impermanência
e nenhum desenho ou palavra
é tão permanente
a ponto de eu querer sofrer essa dor,
numa existência onde a dor
é uma experiência inevitável.
então escrevo versos
como quem ri, quem chora,
como quem geme,
quem grita ou quem late.
tatuo o eu das dores que pari
com a cor de flicts,
com dentes de chocolate
Igor Ravasco