o
que damos nome
e o que nem sabemos nomear
é a consciência do inconsciente,
ponte que se estende,
se entende, entre dois mundos,
decifrando mitos, derrubando muros.
minha lágrima, salgada como toda lágrima,
é mais que uma lágrima, é um mar.
e é no mar onde volto às origens,
onde volto a ser animal marinho.
é na lágrima, meu mar, que informo
tristeza, alegria, fantasia, carinho...
riqueza de sentido...
porque o mar é curativo,
e a lágrima que escorre
mostra que a cura vive dentro de mim.
Igor Ravasco