coloco
a criança no verso,
ponho a palavra no berço.
refletido na janela,
me reconheço palavra e criança,
no berço, no verso, no reverso da medalha
que já não uso,
eu tão esclarecido e tão obtuso,
tão adulto e tão infantil.
ansioso, zen e sem paciência,
na adultez e na adolescência,
sou palavra, verso, berço, criança,
alegria, tristeza e esperança...
sou do verbo ser, ser do verbo estar.
I.R.